sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

As palmeiras da Avenida Antônio Carlos*

As palmeiras imperiais da Av. Antônio Carlos
Com suas altas folhas ao vento
Ao céu crescem imperceptivelmente
Este é seu único movimento

Por um momento, por excesso ou acidente
O transito, de veloz passa lentamente
As palmeiras, de invisíveis ficam imponentes
Tão altivas, de sua altura olham o lamento.

Nós, tão rápido por aqui passamos
Não viveremos tanto quanto elas
Sem pressa como estão, e nós intensamente.
Cada vez mais rápido, e transitoriamente.

Pelo tempo ou por máquinas atropelados
Palmeiras, pedestres e motoristas
Fazemos parte deste trânsito
Como um imperativo a vista que ignoramos

* 22 de agosto de 2007

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