sábado, 8 de setembro de 2012

Soneto de despedida - II

Ela matou o amor em si, profundamenteE não restando sequer uma semente
Cresce ardor ao sol e lua, inclemente
Voltou a dor do amor a ti, bem lentamente.

Então o tempo passou sem ter esperança
E não há chuva, ou som, ou haver tua dança
Estando tu e eu sem par, descompasso a parteNós em desarranjo tal, sem conjunto ou arte.

A sós, ainda que vivêssemos mil solstícios,
Há pedaços de virtude em cada vício,O nosso fim segue tal qual fosse início.

Vivemos os anos, nem uma centena
nosso amor luta, resiste as duras penasao sentir amada, sem cantilenas.

09/set/2012