sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Redenção

Tenho que encontrar sangue no meu álcool
Tenho que encontrar o mangue em meu mar
Tenho que encontrar o sagrado nesse altar
Tenho que encontrar a África em Gibraltar

Por todo o mal sagrado, e ainda amado
Tenho que encontrar o doce nesse amargo
Junto, encontrar o sangue em meu mangue
E que, por dentro, se destrói, constrói

Então que venha a mim, mundo sem fim
Felicidade em tudo, e um fim sem mundo
Ou significado, essa mandala, desobediência
Por que vivo sem nexo, essa existência

Por tudo que é de acerto, peço clemência
Por tudo que é de errado, essa existência
Por tudo que é de incerto, e sem decência
Então salvo em prantos, nessa demência

Cordas em atraso, relógio em forca, tolo
E o tempo busca o afago, nesse fado
Carrego em tudo em mim, eterno fardo
E dê-me, por tudo em fim, nada de mim