sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Aos olhos que riem

O céu desperta. É som de aurora
E eu a margem, há dias e horas
(In)consciente estado, insone e triste
Relembro bem, (in)feliz memória
Um olhar que brilha como sol
E dissolve suave feito arco-íris

Um “olhar que ri” em mil encantos
Sem igual a outros, já esmaecidos
Menores e tão vãos, hoje esquecidos
Perto à mulher, que amei tanto
Cujos olhos riem completa festa
E a ausência ao qual saudade resta

Suporto dor sem tragédia ou glória
Presente um passado sem história
Vida que imperfeita tece estranha
Perdas seguem, enganos sem ganho
Caminho preso em livre experiência
Nesta fria ilusão, minha existência

24 de junho de 2006

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