Enforcados na língua, de lombriga
E eís que no inferno, mais comprida
Têm sido a avenida dos fofoqueiros
Seja moleque ou rapariga, d'uma figa
Como é fútil e mediocre a sua vida
Só tamanho, mal saído dos cueiros
Crê gozar com órgão sexual alheio
Mal se atém, ao olhar a fechadura
Há muito já perdeu a compostura
E levará um belo chute no traseiro
Ainda nas fraldas, cerra o agoureiro
Cala-te! Boca menos útil que bueiro
Mas calado, porém ridícula figura
Admirado será por bestas criaturas,
Igual a tu zurram, tangem ferraduras.
E sendo apenas a merda que flutua
Contente-se, pois ainda que evolua
Em metrópole, província, ou aldeia
Persiste vil e ignóbil, fingindo nobre
Encobre teu vazio com a vida alheia
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